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por Aline Neri - 24/06/2025 às 14:21
A mãe e o padrasto do menino Axel Guilherme foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público do Ceará por homicídio quadruplamente qualificado. Wanderleia Costa Damasceno Monteiro e Izaque de Sousa Alves da Silva são acusados pela morte do bebê de apenas 1 ano e 6 meses, ocorrida no início de maio deste ano, no bairro Vicente Pizon, em Fortaleza.
De acordo com a denúncia, na madrugada do dia 3 de maio, o padrasto espancou violentamente o menino, causando traumatismo craniano e diversas lesões pelo corpo. A motivação, segundo ele próprio relatou, teria sido o choro da criança, que o deixou “nervoso” após ele retornar sob efeito de álcool para casa.
“As lesões têm características típicas de crueldade, com indícios de tortura, e refletem intenso sofrimento da vítima por possível castigo ou intimidação”, descreveu o laudo cadavérico.
Ainda segundo a investigação, as agressões não eram pontuais. Testemunhas relataram que a criança frequentemente aparecia com hematomas, machucados no rosto, queixo e membros. As marcas de violência se intensificaram após Wanderleia iniciar o relacionamento com Izaque, há cerca de sete meses do crime.
Além do padrasto, o MP também responsabiliza Wanderleia, mãe da criança, que teria se omitido diante dos constantes episódios de agressão. “O crime não teria ocorrido se não fosse a omissão conivente da acusada, que permitiu as agressões e tentou ocultar a violência até o fim”, destaca trecho da denúncia.
Izaque foi preso em flagrante em maio e teve a prisão convertida em preventiva. Já a mãe foi inicialmente solta, mas responde ao processo sob medidas cautelares. Segundo a advogada do pai do menino, a mãe apresentou um endereço à Justiça, porém ao ser procurada pelo oficial de Justiça não foi encontrada.
Ambos foram denunciados por homicídio quadruplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e por se tratar de crime contra menor de 14 anos, além da responsabilização da mãe por omissão. O Ministério Público requer que os dois sejam levados a júri popular.
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