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por Aline Neri - 05/08/2025 às 14:14
A primeira caneta emagrecedora produzida no Brasil começou a ser vendida, prometendo baratear o tratamento contra obesidade e diabetes tipo 2, doenças que afetam milhões de brasileiros.
A produção é do laboratório EMS e foram lançadas duas versões de medicamentos que possuem a liraglutida como princípio ativo: a Olire, usada para combater a obesidade, e a Lirux, que, com dosagem diferente, é utilizada para tratar a diabetes tipo 2.
Enquanto importadas como Ozempic e Mounjaro podem ultrapassar o valor de R$ 2 mil, a nova caneta nacional chega ao mercado por valores que variam de R$ 307 a R$ 760, a depender da dose e da rede de farmácias. A expectativa é de que 250 mil unidades do medicamento estejam nas farmácias até o fim do ano, com preços mais acessíveis, além de dobrar a produção até 2026.
Segundo a farmacêutica Lorena Tavares, a alternativa aprovada pela Anvisa permite um tratamento contínuo com expectativa de custo menor. O tratamento é indicado para pessoas com obesidade ou com diabetes tipo 2, a partir dos 12 anos.
O efeito colateral mais comum é o enjoo nas primeiras semanas de uso. O paciente começa com doses baixas, que vão sendo ajustadas ao longo do tempo. Em geral, são necessárias de duas a quatro canetas por mês, o que dá um custo entre R$ 600 e R$ 1,5 mil, dependendo da dose.
Mesmo com o preço mais baixo, o tratamento ainda não é coberto pelo SUS, e quem tiver interesse pode procurar programas de desconto diretamente com os fabricantes. Desde junho, a venda de canetas emagrecedoras só é permitida com prescrição médica. O acompanhamento médico para os ajustes de dosagem também é fundamental.
COMO FUNCIONAM AS CANETAS
As duas versões brasileiras reproduzem o chamado GLP-1, um hormônio produzido naturalmente no intestino e que é liberado na presença da glicose. Ele serve para “informar” ao cérebro que estamos satisfeitos e, por isso, diminui o apetite.
O medicamento imita o hormônio com a ajuda de bactérias geneticamente modificadas, sendo que a Olire e o Lirux utilizam peptídeos sintéticos para “montar” a substância.
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