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por Aline Neri - 29/11/2024 às 13:14
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender uma “anistia” para investigados por tentativa de golpe, sem detalhar quais casos estariam incluídos, e negou as acusações feitas pela Polícia Federal (PF) no relatório final sobre a trama golpista de 2022. Porém, admitiu ter discutido ações com militares, apesar de classificar o relatório como uma “peça de ficção”.
“Eu apelo aos ministros do STF, eu apelo. Por favor, repensem, vamos partir para uma anistia, vai ser pacificado”, disse em entrevista ao programa da Revista Oeste.
Para ele, uma anistia seria uma forma de “pacificar” o país e que o presidente Lula (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos sobre a tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), deveriam apoiar a medida.
“Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes. A anistia, em 1979, eu não era deputado, foi anistiada gente que matou, que soltou bomba, que sequestrou, que roubou, que sequestrou avião, e ‘vamos pacificar, zera o jogo daqui para frente’. Agora, se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre no tocante à anistia, estava tudo resolvido. Não querem pacificar? Pacifica”, afirmou.
As declarações vêm à tona em meio às investigações da PF, que o acusam de liderar, planejar e atuar em plano golpista para assassinar o então presidente eleito Lula, o vice Geraldo Alckmin e Moraes. O ex-presidente não especificou quais crimes deveriam ser abrangidos pela anistia, mas, em outras ocasiões, já defendeu o perdão a pessoas presas pela invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.
Ele afirmou ter debatido ações com os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica. “Os comandantes das Forças falam que ‘Bolsonaro discutiu conosco hipóteses de artigo 142, estado de sítio, estado de defesa’, e eu discuti, sim. Não foi nenhuma discussão acalorada”, disse.
E voltou a dizer: “o que está dentro da Constituição você pode utilizar”. Além de reforçar sua tese de que não havia condições para um golpe com “um general da reserva, quatro oficiais e um agente da PF”, concluiu.
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