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“Plano punhal verde e amarelo”: militares são presos por planejar matar Lula, Alckmin e Moraes

por Aline Neri - 19/11/2024 às 12:24

A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (19), quatro militares e um próprio agente da PF suspeitos de formar uma organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado e articular a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em 2022.

Conforme a PF, “a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022”. Os militares possuem formação em Forças Especiais do Exército, os chamados “kids pretos”.

Um dos alvos é o general da reserva Mário Fernandes, ex- secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro e, atual assessor do deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro.

A Polícia Federal identificou, durante as investigações, a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, para matar Lula e Alckmin, já eleitos, e Moraes.

“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, detalhou a PF.

São cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.

O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

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