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Deputado Júnior Mano é alvo de operação da PF por desvio de recursos públicos e fraudes em licitações

por Aline Neri - 08/07/2025 às 12:29

A Polícia Federal cumpre, nesta terça-feira (8), 15 mandados de busca e apreensão para apurar uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de fraudes em processos licitatórios e contratuais. Entre os alvos, está o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE).

Os mandados da Operação Underhand foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para investigações no Ceará e no Distrito Federal, incluindo buscas no gabinete do deputado e em sua residência. Além de Brasília, são cumpridos mandados nas cidades cearenses de Baixio, Canindé, Eusébio, Fortaleza e Nova Russas. A investigação contou com apoio técnico da Controladoria-Geral da União (CGU).

Segundo a PF, as fraudes envolviam o direcionamento de verbas públicas a determinados municípios cearenses em troca de contrapartidas financeiras ilícitas, além de influenciar procedimentos licitatórios por meio de empresas vinculadas ao grupo.

“As condutas investigadas envolvem os crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral”, diz a PF.

Foi determinado o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas, para interromper a movimentação de valores de origem ilícita e preservar o dinheiro para eventuais reparações fiscais.

ENTENDA
O caso do deputado chegou ao STF após a PF encontrar indícios de que o parlamentar estaria envolvido em desvios de emendas para alimentar um esquema de compra de votos e consolidar sua base de apoio político. A PF no Ceará já havia realizado duas operações, que apontaram um esquema em que prefeituras recebiam valores de emendas.

Em nota, a assessoria de Júnior Mano afirma que o deputado não tem qualquer participação em processos licitatórios, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.

“Como parlamentar, o deputado não exerce qualquer função executiva ou administrativa em prefeituras, não participa de comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos”, declara.

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