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por Joaquim Cartaxo - 01/07/2025 às 14:15
No Brasil, a cada ano, vem crescendo o número de mulheres que encontram no empreendedorismo formas de gerar renda e sustento para si e suas famílias, bem como possibilidades de realização pessoal. Nos últimos 12 anos, o percentual de mulheres à frente de negócios, formais ou informais, cresceu 42% no país.
No 4º trimestre de 2024, segundo pesquisa do Sebrae com base na PNADc do IBGE, dos 30,4 milhões donos de negócios brasileiros, 10,4 milhões eram mulheres, o que corresponde a 34,1%.
Mesmo em um cenário de crescimento, as mulheres ainda enfrentam condições mais adversas do que os homens na atividade empreendedora. Embora em queda nos últimos anos, a diferença do rendimento médio entre homens e mulheres ainda é grande: enquanto os homens donos de negócios têm uma renda mensal média de R$ 3.793, a das mulheres é de R$ 2.867, conforme aponta o levantamento do Sebrae.
Outra disparidade verifica-se na quantidade de horas disponíveis para dedicação aos negócios. O estudo aponta que a média de horas investidas pelas mulheres em seus negócios é de 35 horas semanais. Já os homens têm até 43 horas por semana dedicadas a seus empreendimentos. Isso acontece porque a maioria das mulheres, além das obrigações profissionais, também se empenha no chamado “trabalho invisível”: atividades domiciliares, cuidado de pessoas e afazeres domésticos.
Os dados mostram ainda que 52,3% das empreendedoras brasileiras são chefes de domicílio, ou seja, as principais provedoras de suas famílias. Entre as empreendedoras negras, esse percentual chega a 55,8%.
Estes números demonstram que o empreendedorismo é uma força em prol do desenvolvimento brasileiro, a partir da trajetória de tantas mulheres que se empoderam, trabalham e conquistam melhores condições de realização pessoal e profissional em suas vidas.
▪️ Joaquim Cartaxo é arquiteto urbanista e diretor superintendente do Sebrae/CE.
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