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por Aline Neri - 08/05/2025 às 12:37
Ser escolhido como líder da Igreja Católica pode ser considerado a maior honraria para aqueles que fazem parte do clero. Contudo, há quem tenha escolhido recusar o cargo de pontífice. É o caso do cardeal de Fortaleza, Dom Aloísio Lorscheider, que, por sua escolha, não se tornou o primeiro papa latino-americano e brasileiro, ainda em 1978.
No conclave daquele ano, Dom Aloísio foi o primeiro cardeal a obter dois terços dos votos necessários para ser eleito papa. Porém, ao ser consultado, ele recusou o posto, justificando que sua saúde era frágil, pois possuía oito pontes de safena. Após a recusa, Dom Aloísio chegou a arquitetar, com outros cardeais, novas estratégias para que não fosse eleito novamente.
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Por fim, em 16 de outubro de 1978, a fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina revelou aquele que seria o 264º Papa da Igreja Católica: João Paulo II – que sucedeu o Papa João Paulo I, morto repentinamente após apenas 33 dias de papado.
Neto de alemães, Lorscheider nasceu em Estrela (RS). Foi arcebispo de Fortaleza e de Aparecida, além de presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam). Em 1976, foi nomeado cardeal pelo Papa Paulo VI.
Dom Aloísio faleceu em 23 de dezembro de 2007, em Porto Alegre, aos 83 anos. Apesar de sua preocupação com a saúde, morreu dois anos após o Papa João Paulo II.
A história da articulação de Dom Aloísio para não se tornar papa está presente no livro “Papa João Paulo II – a biografia”, do jornalista americano Tad Szulc.
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